O que está acontecendo com o Android?



 



Usuários de Android podem adorar o sistema operacional, mas uma reclamação é constante e totalmente justificável: a dificuldade em receber atualizações. Isso acontece porque o SO é uma plataforma aberta, que pode ser modificada e adaptada pelos fabricantes de celular que a utilizarem.
Sendo assim, é comum acompanharmos os donos de aparelhos esperando ansiosamente por uma versão mais recente do Android – como foi a novela de mudança do Milestone para o Froyo.
Outro problema é que, além dos fabricantes, as próprias operadoras alteram e personalizam cada aparelho, tornando sua atualização ainda mais complicada e demorada. Por essa razão, alguns smartphones acabam nunca recebendo novas versões.
Você pode comprar um Android da Motorola, da HTC, da Sony Ericsson ou da Samsung e nenhum deles será igual, cada qual com sua interface. Essa fragmentação é a grande crítica que a Google recebe por grande parte dos especialistas, desenvolvedores e usuários.
(Fonte da imagem: Divulgação)

A polêmica

As últimas semanas foram recheadas de boatos em relação ao Android. As críticas a respeito da fragmentação do SO, somadas à demora de lançamento do código da versão Honeycomb, geraram uma onda de comentários sobre o fechamento da plataforma.


Muitos sites e especialistas afirmaram que a empresa de Mountain View estava impondo limites para os fabricantes e que o futuro certo seria o fechamento do código, com características de hardware limitadas.
(Fonte da imagem: Motorola)
Ou seja: acreditava-se que o atraso do Honeycomb seria por conta da criação de um padrão, que cada fabricante teria que oferecer uma configuração mínima de hardware necessária para poder rodar o Android.

Android x LG

Outro rumor que surgiu na internet e gerou muitos comentários foi uma declaração da fabricante coreana LG. Seus executivos afirmaram que a linha de aparelhos Optimus não receberia atualização do Froyo para o Gingerbread.
Segundo a empresa, o Gingebread teria um requerimento mínimo de um processador de 1 GHz para funcionar, e a linha possui chips de 600 GHZ. Essa declaração foi imediatamente rebatida por engenheiros do Android, via Twitter. Eles afirmaram que o Gingerbread não tem requerimentos mínimos e que suas características necessárias de hardware são semelhantes às do Froyo.

(Fonte da imagem: 91 Mobiles)

Desmentindo a informação

Por conta desses rumores, publicados nos principais sites de tecnologia dos Estados Unidos, a equipe de produção do Android veio a público, por meio do blog oficial, desmentir a informação.
Em sua postagem, Andy Rubin, o chefe de desenvolvimento da plataforma, afirmou: “Nossa abordagem continua a mesma: não há fechamentos ou restrições contra a personalização de interfaces.”

Ele também foi enfático ao dizer que não há nenhum esforço ou pressão para que o fabricante tenha que usar um tipo de processador e configuração. Fabricantes estão livres para modificar o Android, pois isso é o que “dá suporte para a diferenciação entre seus produtos”, segundo Rubin.
Sobre o atraso no lançamento do Honeycomb, o engenheiro afirmou que a equipe continua trabalhando para inserir a versão 3.0 em smartphones, e que “o atraso temporário não representa nenhuma mudança de estratégia”.

A concorrência

Enquanto os desenvolvedores sofrem para criar aplicativos para as múltiplas versões do Android, seus principais concorrentes traçam o caminho inverso. A Microsoft, por exemplo, exige configurações mínimas de hardware para que o fabricante possa utilizar a plataforma.
É necessário ter tela capacitiva, processador de pelo menos 1 GHz da ARM (ou superior), rádio, câmera de 5 MP, entre outros. Essa é uma jogada arriscada, pois ao mesmo tempo em que garante o bom funcionamento do aparelho, também eleva bastante o seu preço.
(Fonte da imagem: Microsoft)
A Apple, como na maioria dos produtos da empresa, só permite que o iOS funcione em seus aparelhos, exclusivamente. Sendo assim, as atualizações são liberadas para todos, sem depender de operadoras ou fabricantes. Além disso, eles garantem a qualidade do serviço, utilizando seu próprio hardware.
(Fonte da imagem: Apple)
Essas características são renegadas pela equipe do Android, que afirma que o fabricante e o usuário têm o direito de escolha e que a variedade de preços é essencial para o mercado. Por essa razão, a Google faz questão de manter a plataforma livre de limitações.

O problema na mão dos desenvolvedores

Enquanto fabricantes e operadoras discutem a liberação ou não de atualizações do Android, bem como a personalização de cada interface, os desenvolvedores sofrem com tantas mudanças causadas pela fragmentação da plataforma.
Não é possível desenvolver um jogo para WP7 ou iOS e apenas adaptá-lo para Android. É necessário verificar sua compatibilidade com centenas de aparelhos, com configurações de hardware variadas.
A tela não tem o mesmo tamanho, o processador não oferece a mesma potência e cada aplicativo pode rodar de forma diferente, dependendo da interface de cada aparelho. Isso significa que desenvolver para o Android consome mais tempo, dinheiro e energia.

Recentemente, Mark Rein, executivo da Epic Games, e John Carmack, da ID Software, declararam que a inserção de aplicativos no Android Market  não é prioridade. Segundo Carmack, o desenvolvimento para iOS é muito agradável e foi uma das razões para deixar de lado plataformas mais antigas.
Por essa razão, ele teme que o desenvolvimento para Android seja um retrocesso, pois exige grande trabalho exigido para oferecer compatibilidade e compensar a fragmentação do SO. O mesmo pensamento é adotado por Mark Rein, que não esconde a preferência pelo sistema operacional do iPhone.

Tomando conta do mercado

No entanto, nem críticas, nem rumores são capazes de parar a expansão do Android no mercado mundial. A fragmentação parece, por um lado, ter dado muito certo, seguindo as vontades dos desenvolvedores do sistema operacional.
Andy Rubin terminou sua postagem dizendo: “Nós continuaremos a trabalhar em um ecossistema aberto e saudável, pois acreditamos que isso é o melhor para a indústria e o melhor para os consumidores”.
Essa variedade de opções entre fabricantes e aparelhos, que os usuários do Android têm é uma das principais responsáveis pelo crescimento gigantesco da plataforma no mercado de telefonia celular nos último ano.
Pesquisas feitas nos Estados Unidos – que geralmente representam um bom termômetro do que acontece no resto do mundo nessa área – mostram que em apenas três meses (de novembro de 2010 a fevereiro de 2011), o Android apresentou um crescimento de 7% entre os smartphones, chegando a 33% da parcela de mercado.
Enquanto isso, o iPhone permaneceu com 25% e o Blackberry caiu 4,6%. Esses dados não poderiam ser imaginados nem mesmo pelos especialistas mais otimistas.  E mais pesquisas e projeções mostram que o SO da Google deverá assumir a liderança absoluta ainda este ano.
(Fonte da imagem: Gartner)
De acordo com os pesquisadores da Gartner, o Android toma a liderança do mercado já em 2011, deixando o Symbian para trás. A parcela de participação do SO da Google pode chegar a 38%.
Em curto prazo, o segundo lugar deve ser assumido pelo iOS, deixando o Symbian em terceiro, seguido por RIM e Microsoft. A projeção foi feita até 2015, mostrando números ainda mais otimistas para o Android, que teria metade do mercado em suas mãos.
É claro que expectativas de longo prazo, como estes quatro anos até 2015, não podem ser tomadas como certezas. Assim como não se imaginava o grande crescimento do Android, é totalmente plausível que esse cenário possa mudar.
No entanto, podemos observar o crescimento da plataforma aqui mesmo no Brasil, sem fazer muito esforço. Quantas pessoas você conhece que já adotaram um smartphone com Android de um ano para cá?

Android users can worship the operating system, but one constant complaint is entirely justified: the difficulty in receiving updates. This is because the OS is an open platform that can be modified and adapted for cell phone manufacturers that use it.
Therefore, it is common devices keep track of the owners yearning for a newer version of Android - the novel as a change of Milestone for Froyo.
Another problem is that in addition to manufacturers, the operators themselves alter and customize each unit, making your upgrade even more complicated and time consuming. For this reason, some smartphones have just not getting new versions.
You can buy a Motorola Android, HTC, Sony Ericsson or Samsung, and none is equal, each with its own interface. This fragmentation is the major criticism that Google receives a large part of the experts, developers and users.
(Image source: Disclosure)The controversy
The last weeks were filled with rumors regarding the Android. The criticism of the fragmentation of the OS, added to the delay of release of Honeycomb version code, generated a wave of comments about the closure of the platform.
Many sites and experts said the Mountain View company was imposing limits on manufacturers and what the future would be the right code lock, with limited hardware features.
(Image Source: Motorola)
Ie: it was believed that the delay was due to the Honeycomb creating a standard that every manufacturer would offer a minimum hardware configuration needed to be able to run Android.Android LG x
Another rumor that appeared on the Internet and generated many comments was the statement by the Korean manufacturer LG. Its executives said the line appliances Optimus Froyo not get updated for the Gingerbread.
The company said the Gingebread have a minimum requirement of a 1 GHz processor to run, and the line has 600-GHz chips. This statement was immediately refuted by the Android engineers, via Twitter. They said the Gingerbread has no minimum requirements and characteristics necessary hardware are similar to Froyo.
(Image source: 91 Mobiles)Dispelling the information
Because of these rumors, published in leading technology sites in the United States, the production team of Android was made public through the official blog, to refute the information.
In his post, Andy Rubin, head of platform development, said: "Our approach remains the same: no closures or restrictions on the customization of interfaces."
He also was emphatic that there is no stress or pressure so that the manufacturer has to use a processor type and configuration. Manufacturers are free to modify Android, because that is what "gives support to differentiate their products," Rubin said.
About the delay in launching the Honeycomb, the engineer said the team continues to work to include version 3.0 on smartphones, and that "temporary setback does not represent any change strategy."Competition
While developers struggle to create applications for multiple versions of Android, its main competitors trace the reverse path. Microsoft, for example, requires minimum configuration of hardware for the manufacturer can use the platform.
You must have capacitive screen, processor of at least 1 GHz ARM (or higher), radio, camera 5 MP, among others. This is a risky move, because at the same time ensuring the proper functioning of the device also greatly increases its price.
(Image source: Microsoft)
Apple, as with most products of this company only allows the IOS runs on their phones exclusively. Therefore, updates are released for all, without depending on operators or manufacturers. Moreover, they ensure the quality of service, using their own hardware.
(Image source: Apple)
These features are rejected by the Android team, which states that the manufacturer and the user has the right to choose and that the range of prices is essential for the market. For this reason, Google wants to remain free of the platform limitations.The problem in the hands of developers
While manufacturers and operators do not discuss the release or update of Android, as well as customization of each interface, developers are suffering with so many changes caused by fragmentation of the platform.
Unable to develop a game for WP7 or IOS and just adapt it for Android. You need to verify its compatibility with hundreds of devices with different hardware configurations.
The screen has the same size, the processor delivers the same power and each application can run differently, depending on the interface of each device. This means that developing for Android consumes more time, money and energy.
Recently, Mark Rein, Epic Games executive, and John Carmack, id Software, said that the integration of applications on the Android Market is not a priority. According to Carmack, the development for SOI is very nice and was one of the reasons for putting aside older platforms.
For this reason, he fears that developing for Android is a step backwards, since it requires great effort required to provide compatibility and compensate for the fragmentation of the OS. The same thought is adopted by Mark Rein, who does not hide his preference for the iPhone operating system.Taking account of the market
However, neither criticism nor rumors are able to stop the expansion of Android on the world market. The fragmentation appears on the one hand, having worked very well, following the wishes of the developers of the operating system.
Andy Rubin finished his post saying: "We continue to work in an open and healthy ecosystem, we believe that this is the best for the industry and better for consumers."
This variety of choices from manufacturers and devices, users of Android have is one of the main factors responsible for huge growth platform in the mobile phone market last year.
Research done in the United States - which typically represent a good barometer of what happens in the world in this area - show that in just three months (from November 2010 to February 2011), Android grew by 7% between smartphones , reaching 33% market share.
Meanwhile, 25% remained with iPhone and Blackberry fell 4.6%. These data could not be imagined by even the most optimistic experts. And most polls and projections show that the Google OS will assume absolute leadership this year.
(Image source: Gartner)
According to researchers at Gartner, Android takes the market lead in 2011, leaving behind Symbian. The portion of Google's share of the OS may reach 38%.
In the short term, the second should be assumed by the IOS, leaving the Symbian third, followed by RIM and Microsoft. The projection was made until 2015, showing numbers even more optimistic for Android, which would have half the market in their hands.
It is clear that long-term expectations, as these four years until 2015, can not be taken as certainties. Just as no one could imagine the great growth of Android, it is entirely plausible that this scenario could change.
However, we can observe the growth of the platform here in Brazil, without much effort. How many people do you know who have adopted a smartphone with Android a year here?

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